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Bacharel em Educação Física pela Universidade de Santa Cruz do Sul - UNISC, pós-graduada(Lato Sensu) em Fisiologia do Exercicio - Prescrição na Universidade Gama Filho - UGF. Daiane da Rosa (CREF 015812-G/RS)

domingo, 12 de janeiro de 2014

DIABETES





Diabetes Melito, também chamado de DIABETES é um disturbio de níveis elevados de glicose no sangue, como todo mundo sabe, ou hiperglicemia. É resultante tanto da produção inadequada de insulina pelo pâncreas como da incapacidade da insulina de facilitar o transporte de glicose para o interior das células, ou ambos os fatores. Portanto, a insulina é um hormônio que reduz a quantidade de glicose circulante no sangue, ao facilitar seu transporte para o interior das células.

O Diabetes foi classificado em duas categorias principais: a de surgimento juvenil (tipo 1) e a de surgimento adulto (tipo 2). Foi dividida assim, sendo tomada por base a IDADE que ela surgia em cada indivíduo, porém vem ocorrendo uma epidemia de Diabetes tipo 2 em crianças que pode ser atribuida, em grande parte, pelo aumento da obesidade infantil.

O Tipo 1 é causado pela incapacidade do pâncreas de produzir insulina suficiente, como resultado da destruição das CÉLULAS BETA (células secretoras de insulina) nessa glândula. Essa destruição pode ser causada pelo sistema imunológico do corpo, pelo aumento da sensibilidade das células beta a agentes virais ou pela degeneração dessas células. Assim, esse tipo de Diabetes é conhecido como Diabetes Melito dependente de insulina (DMDI) e ainda representa apenas 5% a 10% de todos os casos de Diabetes.

O Tipo 2 é resultante da ineficiência da insulina em facilitar o transporte da glicose para o interior das células, sendo decorrente da resistência a esse hormônio.Pode estar relacionado ao atraso ou deficiência na secreção de insulina, deficiência na ação da insulina (resistência à insulina) nos tecidos do corpo que respondem ao hormônio, inclusive músculos, ou produção excessiva de glicose pelo fígado. É também conhecida como Diabetes Melito não-dependente de insulina (DMNDI) e representa cerca de 90% a 95% de todos os casos de diabetes.

Ao que parece, a hereditariedade desempenha um papel importante tanto no diabetes tipo 1 como no diabetes tipo 2.

O que é resistência à insulina?
É a condição em que uma concentração "normal" de insulina no sangue gera uma resposta biológica subnormal. A principal função da insulina é facilitar o transporte de glicose do sangue até o interior da célula, através da membrana celular. Em quem tem resistência à insulina, o corpo precisará de maior quantidade desse hormônio para que possa transportar determinada quantidade de glicose através da membrana celular para o interior da célula.

SINTOMAS:
- urinação frequente;
- sede excessiva;
- perda de peso não explicada;
- fome extrema;
- mudanças súbitas na visão;
- formigamento ou dormência nas mãos ou pés;
- sensação de grande cansaço na maior parte do tempo;
- irritabilidade;
- feridas que cicatrizam lentamente;
- mais infecções do que o normal.

PROBLEMAS DE SAÚDE RELACIONADOS AO DIABETES:
- doença arterial coronariana;
-doença cerebrovascular e acidente vascular encefálico (AVC);
-hipertensão;
-doença vascular periférica;
-doença renal;
-disturbios oculares, inclusive cegueira;
-toxemia durante a gestação (hipertensão na gravidez).
A doença arterial coronariana, a hipertensão, a obesidade e o diabetes podem estar ligados por meio da via comum de níveis elevados de insulina no sangue ou à células-alvo que passam a oferecer resistência a esse hormônio. Contudo, ao que parece a obesidade é o gatilho disparador do processo.

TRATAMENTO:
Diabetes tipo 1: administração de insulina, dieta e exercícios. A dose de insulina é ajustada de modo a permitir um metabolismo normal para carboidratos, gorduras e proteínas. 
Diabetes tipo 2: perda de peso, dieta e exercícios. Alguns agentes farmacológicos vem sendo utilizados para baixar os níveis  glicêmicos e reduzir a produção de glicose hepática. Mas, em geral, há a prescrição de dietas balanceadas, tendo em vista que, para muitas pessoas com diabetes tipo 2 apenas a perda de peso pode fazer com que os níveis glicêmicos retornem à taxa normal.

ATIVIDADE FÍSICA:
A atividade física é um fator muito importante do plano terapêutico de qualquer um dos tipos de diabetes.
Diabetes tipo 1: não há evidências claras quanto à pratica regular de atividades físicas no controle glicêmico de pacientes com esse tipo de diabetes devido a esses indivíduos apresentarem tendência à hipoglicemia (baixo nível de açúcar no sangue) durante e imediatamente após o exercício porque o fígado não consegue liberar glicose com uma velocidade que possa acompanhar a utilização do açúcar, podendo levar à oscilações excessivas dos níveis plasmáticos de glicose, o que não é recomendado. Em alguns casos, o exercício pode melhorar o controle glicêmico, principalmente naqueles indivíduos que tem menor tendência à hipoglicemia. Mesmo o controle glicêmico podendo não melhorar nestes pacientes, o exercício físico pode ajudar a prevenir doenças associadas como doenças arterial coronariana, cerebrovasculares e arteriais periféricas. Estes indivíduos devem SIM praticar exercícios físicos desde que seus níveis glicêmicos sejam controlados.
Diabetes tipo 2: papel importante do exercício físico para essas pessoas. Tendo em vista que as células ficam resistentes à insulina, o hormônio não pode desempenhar sua função de transporte de glicose, resultando em diminuição da sensibilidade à insulina. O que isso quer dizer? Quer dizer que a célula não aceita a entrada da glicose, porque não "reconhece" a insulina. Portanto, em se tratando do exercício físico e mais precisamente do TREINAMENTO DE FORÇA (musculação), a contração muscular tem efeito semelhante ao da insulina. A permeabilidade da membrana à glicose aumenta com a contração muscular e esse fenômeno dá-se ao aumento de GLUT-4 (transportadores de glicose) que ficam na membrana esperando a glicose (aí a célula "reconhece" a insulina). Então, sessões AGUDAS de exercício diminuem a resistência à insulina e aumentam a sensibilidade das células ao hormônio. Pessoas que tomam insulina devem reduzir suas doses. Algumas pesquisas demonstraram haver resultados em sessões isoladas de exercícios e não o resultado de uma mudança associada ao treinamento físico. Podendo, o efeito, se dissipar dentro de 72hrs. Ao meu ver, se você realizar exercícios regularmente, poderá permanecer com esses níveis sempre.

Podemos concluir que, SIM, a prática de exercícios físicos diminuem a resistência à insulina em diabéticos tipo 2 e auxiliam na prevenção de doenças associadas ao diabetes nos diabéticos tipo 1. Acredito que cada vez mais novas pesquisas vem surgindo para sanar todas essas doenças que antes pareciam nunca terem cura. Mas acreditem vocês! As pesquisas relacionadas à exercícios físicos surgem a cada momento, sempre trazendo novidades. Se o exercício físico não trás a cura, pelo menos trás uma qualidade de vida melhor para quem passa por uma doença.


REFERÊNCIA:
Wilmore, JH. Fisiologia do Esporte e do Exercício. Barueri, SP: Manole, 2010